quarta-feira, 15 de abril de 2009



'Acordou e ainda desorientada levantou-se. Buscava algo que havia visto em seu sonho.
Ainda não entendia o que estava procurando, talvez apenas fosse o reflexo causado, não sabia...
Então esbarrando nos moveis, caiu um pequeno livro, calmente curvou-se e o pegou.

Ao abrir, percebeu não ser um livro de fato, mas um pequeno diario, cheio de pequenas anotações, desenhos e porque não dizer... Sonhos. Ao folhealo não conteve lágrimas e sorrisos, afinal ali estavam todos seus inocentes sentimentos.

Lendo aquelas paginas, percebeu quão amarga havia se tornado. Que tratava as pessoas ao seu redor como as bonecas que um dia ela cansava de brincar e largava. Que todos seus sonhos e perspectivas doces e pausadas, haviam morrido... Junto com o pouco de amor que ela guardava.

A dor foi tão forte, que não conseguiu ler tudo. Decidiu então, esquecer. Pegou o pequeno livro e o queimou, tentando assim esquecer o que um dia existiu dentro do seu ser.


- Mariane Schmitz ♥

4 comentários:

  1. Ignorar na maioria das vezes é o maior refugio

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  2. É algo que nasce com a gente sem que saibamos se é bom ou ruim, simplesmente nos torna.

    Otimo texto!

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  3. Alguma coisa contra diários?
    Sentimentos?
    rsrsrsrsrs

    De um significado feliz a sua dor.
    Todas as matérias podem em fim morrer em chamas, mas as coisas que existem ou existiu dentro de nos, não desaparecem nem na morte.

    "ha uma coisa dentro de nos que não tem nome, essa coisa é o que somos"
    Jose Saramago.

    Saudações

    o poeta morto

    da uma olhada nos comentarios do di 12 de abril, o post de baixo ^^^, voce não coloca titulos.

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  4. Às vezes, passado um tempo, não nos reconhecemos. É certo que mudamos constantemente. *

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