quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Pré.... conceito...


Quem me conhece sabe, que eu 'bufo' logo quando escuto alguém denominar candomblé ou umbanda de "MACUMBA", e olha que eu nem sou adepta a nenhuma religião, simplesmente porque acredito ser uma falta de respeito.


Toda essa demonização desses dois segmentos religiosos me incomoda muito.


Apresento-lhes a macumba:

(Instrumento de percussão africano)


Somos um país de muitas misturas, não só de etnias, mas de música, de religião, de cultura, tudo no Brasil é muito singular, em poucos lugares do mundo vamos encontrar um povo tão misto e tão cheio de novidades, todos os dias é possível conhecer algo completamente novo, somos extensos em território e culturalmente, apesar de que esse segundo ponto fico em dúvida, afinal gostamos de valorizar tanta 'porcaria' ultimamente. 


O foco é, até quando vamos dizer o que é certo e errado, o que faz de mim alguém mais sábio pra julgar 'fulano' e 'ciclano' não importa se é forma de falar, se alguém se ofende com aquilo é hora de repensar o que falamos... São nas palavras que propagamos preconceitos impregnados no cultura sombria da sociedade.

Usar uma fitinha do "senhor do bonfim" ou passar por um terreiro não te faz 'pecador' ou 'demoníaco', acredito que pessoas sem conhecimento são perigosas, elas propagam inverdades, elas cravam julgamentos. Esses sim são os verdadeiros problemas da sociedade. 

sábado, 11 de janeiro de 2014

Papo matinal...




A mulher e o mundo...


Muitos vão dizer que já chegamos onde queríamos, muitos vão dizer que queremos um mundo onde as mulheres mandam, e que o feminismo nada mais é que um modo de sexismo fantasiado... Muitos contaram e contarão essas asneiras.


Refletindo sobre alguns comentários e conversas no ambiente de trabalho, ( um setor quase todo de mulheres) percebi que por mais que andemos pra frente, muitas mulheres se jogam para trás. E é um papo de que quando você se casa sua família de torna seu marido, de que não faz certa coisa porque o marido não deixa... E estamos falando de pessoas que estudaram, trabalham e se parecem muito resolvidas. 

Não sou daquelas pessoas radicais, que acredita em uma só vertente de pensamento, mas acredito que algumas mulheres perdem meu respeito muito fácil. E não por serem submissas, ou porque tem um pensamento que nem a minhas avós tem/tinha... O mundo deu diversas voltas, algumas décadas se passaram entra a minha geração, a da minha mãe e da minha avó... mas uma coisa é fato, conquistamos espaço, mas algumas ainda continuam com os mesmos pensamentos obscuros de que o casamento nos prende e nos deixa refém das escolhas de outro alguém.




Conseguimos nosso espaço? Totalmente não. Ainda recebemos menos que os homens em muitas funções, ainda somos vítimas de assédio porque num dia de calor, colocamos um short mais curto, e nem precisa ser curto para sermos vítimas de olhares indesejáveis, todos os dias somos bombardeadas com piadinhas de péssimo gosto. Somos resumidas a belos seios ou a belas bundas em quase todos os comerciais. Nem em concursos militares podemos exercer as mesmas funções, quem ai viu uma mulher entrando para a escola de especialistas da aeronáutica como mecânica ou pintora de aviões, até hoje não compreendo qual a dificuldade? 


E quanto aos esportes, assistir uma luta de MMA feminino num lugar público, da quase vontade de esbofetear alguém... não vou nem me atentar a esse detalhe. 


Eu queria não ter quase um troço quando escuto asneiras, mas sou assim, tenho que tirar uma onda, dar uma indireta, começar um pseudo-barraco... Porque não consigo controlar minha aversão a qualquer tipo de exclusão, seja ela por machismo, homofobia, religião... e quando junta numa pessoa tudo isso? 

Só Odin na causa.



@MariieSchmitz